Descriminalização da Maconha: Sim ou Não?

Quais os prós e contras da possível descriminalização da droga no país.

Maconha é droga e ponto. Mas a possibilidade de legalizar a posse da erva para consumo pessoal pode ser uma das saídas para a redução dos danos causados por ela na sociedade.

Isso é o que pretende uma corrente de pensadores formados por personalidades, estudiosos e políticos, engajados em transformar o ato do consumo em caso de saúde e não de segurança pública.

A proposta moderna assusta. Mas argumenta-se que estudos comprovaram que tal medida reduz a violência e desmonta redes de tráfico de drogas.

Países como Uruguai e alguns estados Americanos que adotaram a medida observam que a ideia é descriminalizar a posse, e não legalizar o consumo da maconha nas ruas.

Para isso há uma série de fatores que vale a nossa reflexão, tais como:

A medida economiza dinheiro público, gastos em investimentos na repressão antidrogas, destinadas à maconha no Brasil. Isso significa mais de 7 bilhões de reais a mais nos cofres públicos.

Haveria a redução de mais de 77% dos processos envolvendo porte da maconha e desafogaria o sistema judiciário e penitenciário.

A compra da maconha produzida legalmente, geraria pagamento de impostos, e seus rendimentos retornados à sociedade para construção de escolas, postos de saúde e segurança.

A droga iria gerar empregos e haveria menos candidatos a criminosos, já que 50% dos presos por tráfico estavam portando maconha em quantidade para consumo pessoal.

Geralmente os presos por porte de maconha não portam armas e não possuem antecedentes criminais no momento do flagrante.

Há o público feminino que, quando preso por porte de maconha, perdem seus empregos e os filhos para o tráfico.

A maioria desses presos cumpre pena junto com estupradores, assaltantes e traficantes, e quando retornam à sociedade têm mais chances de se tornar um.

Por outro lado, que garantias teremos de que, ao descriminalizar a maconha, o tráfico também será reduzido? Fumaremos maconha made in Brasil? Como iria funcionar a fiscalização de quem planta? E como recolher impostos dessa prática?

São mais perguntas do que respostas, mas a sociedade precisa se informar e debater o assunto, compartilhando uns com os outros, pois o assunto é tenso. E você, o que pensa sobre isso?