Inventada por Robert Kozinets, a Netnografia é uma pesquisa de mercado super adaptativa, que vai nas plataformas digitais onde os consumidores estão e fica imerso no que acontece a fim de mapear os hábitos e comportamentos digitais dos cidadãos.
Mas o que ela é:
Netnografia é o ramo da Etnografia (método de estudo da antropologia usado para descrever costumes e tradições e coletar dados de um determinado grupo) que analisa o comportamento das pessoas e grupos sociais na internet. Ou seja, faz pesquisas com foco qualitativo e interpretativo adaptadas de técnicas de pesquisa antropológica etnográfica para o estudo das culturas e comunidades online
Essa pesquisa vai compilar insights de hábitos de consumo, comportamento e maneiras dos consumidores dentro de ambiente digital.
Para que serve:
Podemos utilizar os insights produzidos pela netnografia para inovar, co-criar produtos, e ainda comunicar melhor com o consumidor que saliva pelos nossos produtos e serviços.
O que se pode verificar com a pesquisa:
Mais rápida, mais barata, e que se adapta melhor à velocidade das interações dos consumidores em ambiente digital e principalmente nas redes sociais digitais, a Netnografia tem proveitos ainda maiores.
Além de utilizar métodos multicanais para estudar o comportamento do consumidor, a Netnografia é uma ferramenta que causa pouca fricção. Mas o que isso quer dizer?
Que o pesquisador causa pouca interrupção nas comunidades avaliadas e isso estimula interações mais sinceras. #netnografia
Benefícios:
Com interações mais naturais e a observação do comportamento, a netnografia entende que a opinião e os sentimentos do consumidor importam. E isso ajuda a contextualizar empresas para a tomada de decisão.
A geração de insights dessa pesquisa pode ainda medir a temperatura das organizações, engajar marcas e criar oportunidades de negócios. Um exemplo disso é o desodorante Invisible Dry da Nivea: foi prestando atenção aos desejos dos consumidores nas redes sociais que fizeram um produto que atendesse à demanda, e sem concorrentes por um bom tempo.
Quem também usou a netnografia foi a Fiat para captar que os clientes em busca do argo queriam animações e diversão em seus anúncios.
Outro benefício matador da Netnografia é a possibilidade de cocriação. O público se sente prestigiado quando ajuda a criar algo que, de novo, atenda aos desejos de consumo.
Mas, porque ela é chamada de pesquisa por detrás das telas? Porque o método permite que se observe o que falam os consumidores em plataformas digitais.
Por pior que seja um comentário, às vezes ele gera insights tão preciosos, que a empresa redireciona o planeamento estratégico.
Empresas como a Fiat, por exemplo, que usou a netnografia para desenhar a campanha de marketing de um de seus carros levando em conta as cores, o ambiente, os condutores e a música, tudo para que aquele nicho de mercado fosse preenchido com todas as qualidades que o consumidor daquele produto deseja.
É pensando nos artefatos culturais de nossas vidas que a netnografia se enquadra, melhorando a comunicação entre marcas e clientes ou potenciais consumidores. Os ínsights gerados pelas netnografia balizam a tomada de decisão sobre o que quer o consumidor empoderado.
Se pensarmos que somente calçando o sapato do outro seremos capazes de enxergar suas dores, ter um método que enxergue suas dores e ajude as empresas a buscar soluções para uma sociedade conectada, aí esta a força da netnografia.
Eu trabalho com netnografia, é gratificante quando pequenos insights viram grandes projetos e ajudam as empresas a ter produtos melhores, marketing mais adequado e ainda mapear os desejos de consumo para um mundo mais responsável.
Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br
Porque as pessoas tem medo de se desconectar