Aplicativo Lulu comprova o quanto a sociedade ainda é machista
Por Maria Augusta Ribeiro
Polêmica nas redes sociais e fora delas, o aplicativo Lulu, aquele que permite que mulheres de forma anôni-ma atribuam notas aos homens, causa discussão, e comprova mais uma vez o quanto o mundo ainda continua machista.
Para ter acesso ao app há necessidade de um perfil feminino no Facebook, deixando a classe masculina de lado sem a possibilidade sequer de uma espiadela, invocando assim aquela conversa barata de banheiro de balada.
No Lulu o que vem causando ainda mais discussão é a forma em que o aplicativo baniu os homens do poder de voto. Assim, atribuir notas à forma física, à masculinidade, e principalmente à performance sexual agora é coisa de mulher.
Algumas Hashtag bombaram nas redes sociais, e pequenas palavras foram capazes de revoluções sexuais como #tocavunvuzela, #lavaroupa e os #3pernas, e aquela simetria da igualdade para homens e mulheres foi por água abaixo.
E o que o app mostrou, de fato, foi o quanto a sociedade ainda é machista, retrógrada, conseguindo que algo que deveria ser igualmente divertido, como aquela conversa de bar entre amigos, fosse parar nos tribunais.
Então, por que algo que deveria ser tão inofensivo é alvo de tanta crítica? Porque colocou o sexo forte como fraco e vice versa, aguçando curiosidade, enaltecendo a futilidade, e chegou ao ponto de alguns sentirem invasão de privacidade.
Aos que consideram o aplicativo invasivo, a dica pode ser enviar um e-mail com o seu nome e perfil do Facebook para privacy@onlulu.com, que sera retirado das listas.
Mas, o que temos, é a comprovação de que ainda estamos atrasados quando o assunto é igualdade entre homens e mulheres, fazendo com que o machismo prevaleça, e pintando um simples aplicativo como vilão de uma história que se repete a séculos.
Porque as pessoas tem medo de se desconectar