Hábito de opinar sobre tudo e a violação do respeito online.
Por: Maria Augusta Ribeiro
O universo digital nos levou ao exercício do debate forçado. Opinamos sobre tudo, discutimos o tempo todo, e discordamos numa velocidade ultrassônica. Mas, em que medida esta troca é, de fato, comunicação ou ofensas online?
O limite entre o amor e o ódio é mais tênue na internet, porque é rápido, fácil, e muitas vezes não é preciso mostrar o rosto.
Além disso, o preconceito na era Facebook é muito maior que a razão. Nos identificamos com qualquer um e acabamos por generalizar as diferenças.
Sem pesquisas mais profundas, emitimos logo nossa opinião, e habitualmente fazemos dela verdade absoluta.
Dos 5 minutos de fama aos 30 segundos do fracasso, o uso do ódio como argumento parece ser natural no ambiente online.
Xingar, gritar, desqualificar, e até colocar a mãe no meio passam a ser desrespeito à opinião com conteúdo.
Há tanto espaço assim para ofensas, que nos esquecemos da capacidade de elogiar, curtir e cooperar com algo unicamente porque é bom?
Não sabemos mais nos comunicar sem ofender? Ou estamos emburrecidos e procuramos nos palavrões argumentos pobres?
A comunicação online deveria ser ágil, não desrespeitosa. Estamos vivenciando um universo onde gerações mais novas aprendem que gritar e ofender é defender ponto de vista, a tratar seu semelhante com descaso e a acreditar na primeira baboseira que publicam.
Vamos refletir e começar a educar a geração de adultos que desejamos para o futuro, ok?
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Porque as pessoas tem medo de se desconectar