Saiba porque tradição faz índios tirarem a vida de crianças deficientes.
Por: Maria Augusta Ribeiro
O direito à vida é o maior conceito estabelecido em nossa constituição. É considerado crime quem mata outro. Porém, crianças indígenas nascidas com deficiência, de mãe solteira, fruto de adultério, ou gêmeos são destinadas à morte, e a lei brasileira assegura este direito a eles.
O assassinato de bebês que nascem nessas circunstâncias é praticado pelos pais que envenenam, enterram ou abandonam na floresta sem testemunhas.
O que é tradição nestas etnias agora pode passar a ser crime. Isso porque há uma lei, a número 1057, que tramita no Senado Federal, chamada de Muwaji, em homenagem a índia que abandonou sua tribo para poupar a vida da filha deficiente, que deseja mudança.
Em tempos onde o acesso à saúde é escasso, principalmente em locais de difícil acesso, o que parece crueldade vira ato de amor.
Imagine conviver com um filho com paralisia cerebral na floresta? Ou não ter acesso a medicamentos que evitem as convulsões dessa criança? E ainda arrastar uma cadeira de rodas em meio à mata?
O julgamento sobre o tema deve ter outro olhar, analisar sob outra perspectiva, não sob a ótica do crime e da mãe assassina, mas sim da qualidade de vida desses sobreviventes em meio à sua cultura e costumes.
Não defende-se o infanticídio, mas sim evitar que outra triste história se torne realidade, a de mães condenadas a fazer parte das estatísticas do crime, viver em cadeias super lotadas, e entrar de vez para a escola do crime, além de seus filhos se tornarem órfãos.
A cultura de etnias indígenas brasileiras da prática do infanticídio é cruel, porque tira a vida de uma criança. Mas também dá a opção dos pais que desejarem poupar a vida de um filho, abandonarem a tribo.
O cenário indígena, que parece ruim de todos os lados, já julga seus habitantes e não há que se falar em nova lei que irá desamparar mais do que proteger.
O tema é controverso e cheio de nuances, e precisa ser debatido nas escolas, organizações de proteção ao indígena, e compartilhado nas redes sociais para informar mais do que punir, criar nova lei não é a saída.
Porque as pessoas tem medo de se desconectar