Projeto de lei permitirá que FGTS seja usado para tratamento de fertilização do titular ou cônjuge.
Por: Maria Augusta Ribeiro.
A infertilidade coloca o trabalhador em situação de fragilidade econômica e social, desestabilizando o desempenho profissional.
Partindo desta premissa, um PL controverso pretende autorizar o uso do FGTS do trabalhador para pagar tratamento de fertilidade.
É sabido que a dificuldade de muitos em gerar filhos é um problema que afeta muitas famílias brasileiras. Porém, o alto índice de crianças à espera de adoção também afeta a muitos.
Não se julga quem recorre a medicina como ajuda para gerar seus filhos. O que é temerário é gerar mais vidas sem acesso a saúde, educação e segurança com qualidade.
Tudo em prol de famílias que desejam gerar filhos. Pois famílias de baixa renda que desejam serem mães e pais recorrem à adoção, e com isso alcançam o tão sonhado legado.
Estamos falando o quão temerário seria uma lei dessas sem respaldo na saúde. A lei não é clara quanto ao uso do fundo; então, vai-se pagar o tratamento, mas e o parto, será pelo SUS?
Em vez de famílias em busca da fertilização, podemos ter pessoas utilizando isso como moeda de troca para favores políticos, estímulo à corrupção, e ainda criar um banco de gestações em vez de fazer felizes pais e mães.
Pode-se, com a lei, causar desequilíbrio populacional, social e econômico. Estamos falando de mais gente sem escola, sem segurança e o inexistente acesso à saúde.
Imaginem cidadãos gerados em função da corrupção em vez do sonho da maternidade ou paternidade.
Podemos produzir mais bandidos, corruptos e gente sem valor moral a partir do sonho de gerar uma vida, e isso merece mais empenho e informação à sociedade, para que uma lei dessas seja aprovada sem respaldo.
E você, o que acha? Dê sua opinião.
