Quantas vezes você fez longas pausas para não brigar no Whatsapp? Ou contou uma dezena para não discutir no grupo face? Se respondeu sim a alguma dessas perguntas, saiba que a difícil tarefa de identificar emoções na internet não é somente sua e todos nós estamos predispostos a enganos digitais.
Um estudo realizado pela Universidade de Chatham nos Estados Unidos comprovou o que todos nós já sabíamos: As emoções são difíceis de serem identificadas na internet, não importando se você conhece ou não a pessoa que está do outro lado.
Alegria, medo, confiança, surpresa, nojo, tristeza, raiva e antecipação são reações humanas difíceis de reconhecer se não há interação visual ou auditiva e estudo norte-americano confirmou que por mais expert digital você seja nao conseguira distinguir raiva ou nojo via whatsapp.
Não importa se você utiliza redes sociais, e-mail ou sinal de fumaça para se comunicar. Sem expressões faciais, gestos e tom de voz é praticamente impossível ler a outra pessoa.
Se não conseguimos diferenciar surpresa ou antecipação pelos canais de comunicação digitais mais populares hoje em dia, imagine quando brigamos ou temos debates mais acalorados? A certeza de equívocos e desentendimentos é certeira.
Mas, e se ao realizarem uma pesquisa de empatia digital você conhecesse a pessoa, reconheceria suas emoções pelo e-mail? Antes que me diga que sim, cara pálida, saiba que o estudo revelou que estranhos e conhecidos estão no mesmo nível, ninguém consegue identificar emoções pela internet sem a ajuda da voz ou da imagem por vídeo.
E em tempos onde acreditamos que estar conectado é conhecer o outro, o estudo americano nos faz refletir se estamos nos entendendo de fato. #SQN.
O que podemos fazer para amenizar a frieza da distância e o uso contínuo de emojis por preguiça de dizer “eu te amo” por exemplo, é simples. Converse “face to face”. Envie mensagens de voz, abuse das ligações e jamais substitua uma boa conversa cara a cara por qualquer whatsapp.
Refletir sobre o uso da tecnologia em nossa é essencial para sabermos quando devemos enviar um e-mail ou quando a melhor saída é uma conversa real para deixar claro pontos de vista, reconciliar com a pessoa amada e evitar confusões comuns via redes sociais. Pense nisso!
Por: Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br e é Coordenadora de Comunicação da BPW Brasil.
Porque as pessoas tem medo de se desconectar