Todo mundo sabe que a internet é um das inovações mais sensacionais de todos os tempos. Mas a  medida que a tecnologia evolui, o alerta de  diagnósticos médicos decorrentes do abuso dessa ferramenta são cada vez mais comuns nos consultórios médicos.

Somos 7 bilhões de usuários conectados, ou seja quase todo o planeta tem acesso a internet. E a melhoria na infraestrutura e inovações tecnológicas fazem com que estar mais disponível no virtual do que no real seja uma realidade.

Temos dificuldade em nos relacionar mais do que descobrir a senha do wifi do vizinho. Porque? Muitos dos danos causados a nossa saúde em decorrência do uso do smartphone são atribuídos a tecnologia quando na realidade são de comportamento. Afinal nao é porque você tem uma geladeira que vai comer tudo o que tem nela de uma vez só.

Algumas doenças são diagnosticadas de forma severa. A mais comum é a Nomophobia. Que é ansiedade que o indivíduo sente por estar desconectado. Isso faz com que ele tenha sintomas de fobias como pânico, sudorese excessiva e taquicardia. A sensação de privação de tecnologia é um dos principais diagnósticos aceitos pela comunidade médica.

Um documentário chamado “Web Junkie” relata o dia a dia de jovens chineses que são levados contra a vontade em acampamentos para fazer um detox pelo vicio a internet, games e pornografia.

O negocio é tão trash que jovens de 13 anos choram, fazem greve de fome  e tem comportamentos violentos apenas porque são privados da tecnologia. São mais de 400 desses acampamentos na China e isso se estende por outros países.

A chamada náusea digital é outra patologia comum. Surtos de tontura, enjoo e dores de cabeça são as principais reclamações. Já que a quantidade cada vez maior de horas na frente de nossos smartphones estimulam a interação e fazem com que outras atividades passem desapercebidas.

 A náusea digital ainda pode ser potencializada por aplicativos de zoom, realidade aumentada e os famosos óculos de realizada de virtual.

Antes que me diga que as redes sociais não influenciam nosso comportamento, faça a seguinte pergunta: Quantas vezes você acessa suas redes sociais por mês ? Isso inclui as tecladas no Whatsapp, os vídeos no Youtube e as redes corriqueiras.

Segundo a ultima pesquisa realizada pela Comsocre, os brasileiros passam 650 horas por mês conectados a internet. Apenas 290 horas são dedicados a sites, buscas e informação. As outras 360 horas são gastas em redes sociais.

As redes sociais mexem com nosso instinto de reconhecimento social. Somos recompensados com curtidas, compartilhadas e seguidores, na medida que publicamos algo que cause empatia digital. Porém, esta interação não gera uma recompensa real, o que pode agravar a situação de quem tem quadro depressivo, vicio ou distúrbio.

Transtorno de dependência da Internet não é mais coisa do passado. São diagnósticos comuns em pessoas com outros distúrbios, como déficit de atenção, transtorno obsessivo compulsivo e depressão.

O campeão das doenças causadas pela internet nos jovens sem duvida é o vicio por games. A necessidade de acessar jogos online e se conectar a jogadores de outros países pela internet representa cerca de 18% da população mundial com idade entre 9 e 39 anos com doenças decorrentes da internet.

Sabemos que um vicio é uma questão delicada, mas será que não somos nós os culpados por dar acesso livre aos nossos filhos o tempo todo? Sim,  estamos delegando a obrigação da criação de nossos filhos aos nosso smartphones. E isso sem duvida terá uma resposta nada positiva na sociedade.

Segundo estudos uma criança de 0 a 2 anos exposta a 1 hora de acesso a tecnologia e isso inclui brinquedos eletrônicos, fones de ouvido, Tablets e smartphones por mês, terá 3 vezes mais chances de desenvolver patologias que a impossibilitem de aprender a escrever , interagir com as pessoas e ainda aprender algo novo.

Estamos surfando em mares perigosos porque estamos cansados demais para entreter nossos filhos, ensinar valores aos alunos e praticar a evolução no trabalho porque simplesmente passamos a responsabilidade de nossos atos para a internet.

Os diagnósticos médicos de doenças causadas pelo abuso da internet são patologias, ok! Mas podemos evitar problemas cognitivos futuros com um  pouco de atenção aos colega de trabalho que no esta bem, ao filho que precisa de carinho e ao amigo que deseja falar com você nao teclar, pense nisso!

Por: Maria Augusta Ribeiro. Especialista em Netnografia e Comportamento Digital

https://www.serraempauta.com/noticia/dado-schneider-propoe-reflexoes-sobre-a-comunicacao-com-a-geracao-z

https://belicosa.com.br/infobesidade-sobrecarregados-de-informacao/







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