O avanço da tecnologia trouxe inúmeras facilidades para o nosso dia a dia. No entanto, o uso excessivo dessas tecnologias, como smartphones, tablets, tvs e pcs, tem levantado preocupações sobre o impacto negativo que elas têm nos relacionamentos afetivos e nas interações sociais.

É inegável os benefícios da tecnologia no campo dos relacionamentos amorosos. Podemos encurtar distancias ao clicar de uma tela, acessar app de namoro ou mesmo plataforma para novas experiências.

Mas estamos tão imersos em nossas vidas digitais que a real parece não ter sentindo e ser dificultada pelo excesso do uso delas.

Um dos principais impactos do uso excessivo da tecnologia nos relacionamentos é a diminuição da qualidade da chamada conversa face a face. Enquanto as redes sociais e as mensagens instantâneas nos permitem manter contato com pessoas em diferentes partes do mundo, elas também podem nos afastar daqueles que estão ao nosso redor.

Quantas vezes já presenciamos uma mesa de jantar onde todos estão com seus olhos fixos nas telas de seus dispositivos, em vez de se envolverem em uma conversa significativa uns com os outros?

Quando estamos constantemente acessando nossas redes sociais ou jogando videogames, é fácil nos afastarmos das interações sociais reais.  E como isso nos afeta? Liberamos dopamina em excesso e estamos entrando num mundo onde precisamos ser constantemente estimulados.

A sensação de conexão que as redes sociais oferecem por exemplo afeta nossa insatisfação com o outro porque buscamos no próximo post o corpo perfeito ou a pessoa ideal, que esquecemos que isso é fake e pode ser enganoso, além de não substituir o contato humano genuíno.

Segundo um estudo realizado pelo Dr. David Schram da faculdade de Utah nos estados unidos, sobre a interferência da tecnologia na vida afetiva dos casais, diz que quanto mais tempo de tela um casal tem menos eles vão passar juntos e serão insatisfeitos com seus pares e poderão desenvolver depressão e ansiedade.

Além disso, o uso excessivo da tecnologia pode afetar a habilidade de comunicação interpessoal. A comunicação online é frequentemente baseada em textos e emojis, o que limita a expressão de emoções e nuances da comunicação não verbal.

A falta de prática na comunicação face a face pode resultar em dificuldades para expressar emoções, ler as emoções dos outros e resolver conflitos de forma eficaz. A empatia, que é fundamental para a construção de relacionamentos significativos, pode ser comprometida quando nos acostumamos a interagir principalmente através de telas.

Outra consequência preocupante do uso excessivo da tecnologia nos relacionamentos é a falta de atenção plena. Quantos casais dizem que o seu parceiro não presta atenção nele?

Quando estamos constantemente conectados, temos dificuldade em nos envolver completamente. Estar presente e atento é essencial para cultivar relacionamentos saudáveis, pois nos permite ouvir atentamente, demonstrar interesse genuíno e responder de forma adequada.

O uso excessivo da tecnologia pode nos levar a estar fisicamente presentes, mas mentalmente ausentes, prejudicando a qualidade das nossas interações e deixando as pessoas ao nosso redor se sentindo ignoradas e não valorizadas.

Diante desses desafios, é importante encontrar um equilíbrio saudável no uso da tecnologia. Podemos adotar medidas como estabelecer limites de tempo para o uso de dispositivos eletrônicos, criar períodos de desconexão tecnológica e priorizar o tempo de qualidade com nossos entes queridos.

Então qual o segredo para ter relacionamentos duradouros?

Parece que menos telas e mais amor na vida real com direito a olho no olho, cheiro da pele da amada (o) e da textura das mãos entrelaçadas faz mais sentindo do que buscar conforto na tecnologia. Pense nisso!

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia. Belicosa.com.br

https://belicosa.com.br/3-perigos-da-hiperconexao/







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