Se é difícil para quem cresceu vivendo sem smartphones, imagine para as crianças de hoje que se acostumaram às telas desde sempre? Muitos pais têm dificuldades em controlar o tempo que os filhos passam usando os smartphones, e isso tem gerado dependência tecnológica infantil e vicio em smartphone.

smartphoneA Organização Mundial de Saúde alerta que crianças menores de 6 anos não devem ter contato com tela alguma. E, além das recomendações mais usuais, daremos aqui algumas dicas valiosas para quem não quer colocar a saúde mental de seu filho em risco. XO Vicio em Smartphone!

Crie um telefone da Casa:

Em vez de jogar fora o smartphone antigo ou reciclar, mantenha ele como telefone da casa para ser utilizado apenas como ferramenta para chamadas de voz. Retire todos os aplicativos instalados nele, incluindo o navegador de internet.

Esse aparelho deve ser mantido num lugar fixo onde após usado volta para o lugar de costume.

vicio Desgrude da tela – Peça ajuda às crianças:

Uma caixa, cesta ou um local central para deixar todos os aparelhos são ótimas maneiras de desgrudar dos smartphones em casa e focar em outras coisas. Algumas famílias até pedem que as visitas deixem os próprios dispositivos ao entrar em suas casas – por que não tentar isso também?  E se alguém pegar o telefone antes da hora peça as crianças para denunciar o outro. Chega a ser divertido como isso funciona.

vicio em smartphoneShhhh! Estamos sendo ouvidos!

Não sei se é sabido, mas toda as vezes que permitimos que as redes sociais, lojas e app tenham acesso aos nossos dados damos permissão a eles inclusive para nos ouvir. É muito comum uma criança pedir para a mae um mequi, e quando abre a tela esta lá uma promoção com batata, refrigerante e sanduíche.

E se você deixa o seu telefone com o seu filho, a chance de ele ser exposto ao consumo de produtos é maior, e nem sempre eles serão indicados para os pequenos.

Quando a gente estica a linha entre o desejo e o pedido, trabalhamos em nosso cérebro como conter nossos impulsos quando isso é inadequado. No entanto, nas crianças esse freio está em formação, e as empresas sabem e disparam incessáveis propagandas a fim de induzir o consumo.

Então criar regras para quando, como e onde vai deixar seu filho utilizar seu smartphone é primordial.

cheire um livroCheire um Livro:

Parece brincadeira, mas qual é o cheiro do seu livro predileto? Isso é tão pessoal, que cria um estímulo diferente em cada um de nós, e isso cria memória. E, quando criamos memória nas crianças, isso vira lembrança para a vida toda.

Mas, que cheiro tem um ipad ou smartphone? E que memória ela vai fazer?

vicio em smartphoneReconheça as emoções nos desenhos:

Você sabe quais são as emoções básicas? Seu filho sabe reconhecê-las? O medo, a raiva, a alegria, o nojo e a tristeza precisam ser desenvolvidas desde pequenos, ou teremos adultos que não irão conseguir ter empatia.

Há um monte de desenhos sendo exibidos na internet, onde os personagens não possuem emoções. Assim, crianças no mundo todo estão tendo dificuldade de identificar a emoção do outro.

Por isso assistam programas juntos; com isso os pais vão identificando que desenhos são ou não apropriados para os pequenos, e regulando o consumo de conteúdo de forma adequada.

O mais importante com a mudança de hábito é que é um exercício diário de amor com os pequenos e com disciplina dos adultos. Menos smartphone na mão vai criar mais memorias privadas, coisas que lembramos a vida toda de forma positiva, mas que são experiências únicas. Vamos mudar os hábitos?

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

Dependencia de internet

Dependencia de celular

 

voce-sabe-a-que-riscos-se-expoe-ao-compartilhar-a-vida-nas-redes

Maria Augusta Ribeiro: – Comparação nas redes sociais

Produtos







Saiba mais sobre
Comportamento Digital

Conteúdo especializado produzido por
Maria Augusta Ribeiro

Leia também



foco

O Foco Roubado

A Luta pela Concentração em Tempos de Telas

velocidade

Velocidade e o Consumo na  Era Digital

Qual o impacto da velocidade em nossa relação com a internet