Já parou para perceber como não conseguimos mais desgrudar nossos olhares das telas? Como nossa atenção esta sempre distraída numa plataforma? Isso é chamado de economia da atenção, onde a atenção humana é tratada como uma mercadoria escassa.
As últimas décadas evoluímos na compreensão da atenção humana. Além disso, percebemos que a atenção é um recurso valioso. Com o surgimento das mídias sociais e da economia cada vez mais digitalizada, a atenção ao cliente é agora a peça central de como nos comunicamos melhor com os consumidores.
#economia-da-atenção
Com base na ciência mais recente, aqui estão três percepções principais sobre como nossa atenção esta sendo utilizada pela indústria da atenção.
A estratégia do 1 segundo:
Alguns anos atrás, um anuncio digital fazia uma exposição de 3 segundos para contar como marketing. Hoje alguns estudos confirmam que as respostas de compra são mais eficientes e respondem a uma lembrança melhor no primeiro segundo em que vemos os anúncios em nossas telas.
A consequência? Vendedores precisam de uma estratégia de anúncio de 1 segundo para comunicar melhor e Consumidores precisam estar atentos para não comprarem por impulso e se arrepender da compra.
Mas a pergunta de ouro nos dias de hoje é: Como você comunicará seu anúncio em 1 segundo? E mais como os consumidores vão ajudar a elevar a régua para um consumo mais consciente? Melhor? Mais apropriado? #economia-da-atenção
Evite o canto da morte
Quando olhamos para a tela nossa atenção não é distribuída uniformemente em uma imagem ou vídeo. Em vez disso, existem áreas “mortas” onde poucos, ou nenhum, estão prestando atenção.
Uma área particularmente morta é o canto inferior direito de uma imagem. Aqui, a atenção mal passa de 5%. Em outras palavras, 95% dos espectadores provavelmente perderão tudo o que você exibir caso opte por um anuncio usando o canto da morte.
É surpreendente quantos anúncios realmente posicionam sua marca no canto inferior direito. Experimente você mesmo, de um google em “anúncio impresso” e veja os resultados das imagens, e então faça uma contagem. Quantos anúncios usam a marca na esquina da morte?
Banda de atenção
Você sabe o que é a largura de banda limitada? É nada mais que a capacidade que o cérebro tem em processar os dados ao mesmo tempo.
Em anúncios, isso também significa que temos que limitar a quantidade de informações que apresentamos ao nosso público ou ele não vai prestar atenção. Quando aumentamos a complexidade de uma imagem ou cena, reduzimos a probabilidade de que qualquer item individual seja visto. Há muita competição!
Outro ponto importante é utilizar a clareza, em seu mais profundo significado, indicando assim o quão dispersa ou concentrada a atenção estará em uma imagem, vídeo ou texto.
Mas é quando falamos do outro lado da moeda da atenção, a dos consumidores? A indústria da tecnologia esta tão viciante que a única arma é não fazer nada e deixar um pouco as telas de lado. Somente treinado o cérebro em funções reais como estudo, trabalho e criatividade conseguimos ter senso critico apurado para determinar o que consumir, quando consumi e se tem caixa para consumir.
Contemplar momentos onde a memoria é somente sua e de quem esta ali com você é a melhor arma para que o foco seja utilizado como arma. Há também a questão das multitarefas, nosso cérebro não é multitarefa e se ele não é você também não pode ser. Saiba como fazer uma coisa de cada e o consumidor vai ter um sentido diferente para cada um de nos.
A regra é mais sobre ter pontos de equilíbrio e apreciar o que é simples, fazer memória sem uma tela na frente e ainda entender que a economia já entendeu que o recuso mais precioso nos dias de hoje é nossa atenção e ela por sua vez é moeda valiosa na indústria da atenção.
Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br
https://www.linkedin.com/pulse/ei-prestenção-henrique-castelo-branco/?articleId=6209756847222640640
Porque as pessoas tem medo de se desconectar