Nos últimos anos, a relação entre saúde mental e o uso de telas tem se tornado um tema central nas discussões sobre bem-estar e saúde . Basicamente nossas vidas estão cada vez mais conectadas a dispositivos eletrônicos do que a outras pessoas. Equilíbrio Saudável entre telas e pessoas é necessário.
E embora essas ferramentas tragam inúmeros benefícios, como acesso à informação, entretenimento e conexão social, elas têm impactos tão perversos em nossa saúde que muitos se questionam se há mais benefícios ou malefícios.
Não é segredo que o uso prolongado de telas, especialmente em redes sociais, está associado ao aumento dos níveis de ansiedade e estresse. Um estudo conduzido por Hunt e colaboradores (2018) demonstrou que limitar o uso de redes sociais a 30 minutos por dia reduziu significativamente os sintomas de depressão e solidão em adultos jovens.
Uma vez que essa dinâmica de comparação o tempo todo pode gerar sentimentos de inadequação, baixa autoestima e até mesmo crises de ansiedade. Além disso, a sobrecarga de informações e notificações constantes pode criar uma sensação de urgência e pressão, dificultando o relaxamento.
Outro fator que impacta a saúde é a luz azul emitida por dispositivos eletrônicos que interfere na produção de melatonina, o hormônio responsável por regular o ciclo sono. Pesquisas mostram que o uso de telas antes de dormir pode atrasar o início do sono, reduzir sua qualidade e causar insônia.
Quanto mais tempo passamos olhando para telas, menos tempo dedicamos às experiências reais e aos relacionamentos interpessoais. Essa desconexão pode enfraquecer os laços sociais e reduzir a sensação de pertencimento, ambos fundamentais para o bem-estar emocional. Além disso, o uso excessivo de telas pode limitar oportunidades para o autocuidado e o desenvolvimento de habilidades emocionais, como empatia e comunicação eficaz.
E como fazemos para equilibrar nossa saúde mental em tempos de telas?
Embora seja praticamente impossível eliminar completamente o uso de telas no mundo moderno, é possível adotar práticas que promovam um equilíbrio saudável entre a tecnologia e o bem-estar emocional.
Definir limites claros para o uso de telas é essencial para evitar o excesso. Aplicativos como o “Screen Time” (iOS) e o “Digital Wellbeing” (Android) permitem monitorar e controlar o tempo gasto em diferentes aplicativos. Experimente estabelecer horários específicos para verificar redes sociais ou assistir vídeos, e evite usar dispositivos durante as refeições ou antes de dormir.
Inclua atividades offline no seu dia a dia, exercícios físicos são excelentes ante depressivos. Outras atividade como como caminhadas ao ar livre, leitura de livros físicos ou hobbies criativos podem ajudar voce a relaxar a mente.
Antes de pegar o celular ou abrir um aplicativo, pergunte a si mesmo: “Isso é realmente necessário? Essa abordagem ajuda a reduzir o uso impulsivo de telas e incentiva hábitos mais saudáveis.
Quando eu digo as pessoas que uma hora antes de dormir eu não pego mais o celular elas se espantam. Não tem jeito para voce dormir bem precisa criar uma rotina noturna que inclua desligar todos os dispositivos pelo menos uma hora antes de dormir.
Se relacione!!! Dedique tempo para cultivar relacionamentos presenciais com amigos, familiares e colegas. Organize encontros, converse cara a cara e participe de atividades em grupo.
Entender os impactos das telas na saúde mental é o primeiro passo para mudar hábitos prejudiciais. Compartilhe esse conhecimento com amigos e familiares, especialmente crianças e adolescentes, que podem ser mais vulneráveis aos efeitos negativos da tecnologia. Promova conversas abertas sobre o uso consciente de telas e incentive comportamentos saudáveis.
De acordo com Hunt et al. (2018), pequenas mudanças no uso diário de redes sociais podem ter um impacto positivo significativo na saúde mental. Esse estudo reforça a necessidade de um uso consciente da tecnologia em nossas vidas e necessário.
As telas são ferramentas poderosas que moldam nosso cotidiano, mas seu uso excessivo pode ter consequências graves para a saúde mental. Ansiedade, depressão, problemas de sono e dificuldades de concentração são apenas alguns dos desafios associados ao uso descontrolado de dispositivos eletrônicos.
No entanto, ao adotar estratégias como limitar o tempo de tela, priorizar atividades offline e praticar mindfulness digital, podemos encontrar um equilíbrio saudável entre a tecnologia e o bem-estar emocional. Lembre-se: o objetivo não é abandonar as telas, mas usá-las de maneira que não prejudique, nossa vida.
Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br
https://belicosa.com.br/abstinencia-digital-mito-ou-realidade/
https://www.maispb.com.br/765674/quem-tem-medo-da-ia.html
