Por: Maria Augusta Ribeiro.
Há milhares de anos utilizamos a troca de produtos ou serviços sem o uso da moeda. E em momentos de crise, o escambo passa do físico para o digital.
Hoje permutamos, fazemos transações e trocamos produtos que não utilizamos mais para dar lugar aos que precisamos ou desejamos.
Sites, redes sociais e grupos de whatsapp são criados para aproveitar ao máximo o que se compartilha, criando oportunidades em meio à falta de dinheiro.
O escambo pode ser quando você adquire uma TV, e paga com a prestação de serviço de marcenaria ao dono da mesma. Pode ser entre prestações de serviços contínuas, como anunciantes de site em sistema anual que utilizam a academia que anuncia. E ainda, há a troca de habilidades manuais, como crochê, desenho ou design.
Na área da educação a permuta de aulas, conhecimento e inovação acontece via Skype, Chat, e em vídeo aulas. Exemplo disso é o profissional que precisa aprender inglês e faz o marketing da escola de idiomas.
O escambo digital proporciona a inclusão social, digital, e o intercâmbio de realidades diferentes.
Imagine que, ao trocar um livro que não usa mais com alguém que não pode pagar por um com dinheiro, mas, como pagamento, vai lhe ensinar a dançar balé, quem sabe pode ser um grande profissional amanhã. Então, você será responsável por transformar a vida de alguém.
O escambo vai além, e incentiva outras gerações a participar. Bebês e crianças que trocam brinquedos, roupas e até seus berços criam, desde pequenos, a cultura da valorização do ser e não somente do ter.
O objetivo do escambo digital é muito maior do que usar da criatividade para driblar a falta da moeda. É a possibilidade de ajudar alguém, compartilhar experiências, adquirir conhecimento e ainda ser muito mais feliz. Pense nisso.
Porque as pessoas tem medo de se desconectar