A matéria fabulosa de Patricia Gnipper editora do Canal Tech fez um histórico das redes sociais e ainda foi capaz de transcrever uma entrevista que fizemos falando do comportamento digital e o quanto a cultura dos smartphones esta inserida em nossas vidas. Segue na integra.

Na primeira parte deste especial, falamos sobre a história da internet sob o viés das plataformas sociais, começando timidamente pelos mensageiros e serviços jurássicos que permitiam a conexão entre as pessoas de todo o mundo. Então, na segunda parte, exploramos a explosão das redes sociais propriamente ditas, enquanto que, nesta terceira e última parte, vamos falar as redes sociais do momento e como elas mudaram radicalmente a maneira que interagimos, além de influenciarem (e muito) a opinião geral sobre diversos assuntos, que, justamente por conta das redes sociais, acabam se tornando ainda mais polêmicos.

Já na época em que o Orkut chegou a seu auge de popularidade, em meados dos anos 2000, o termo “rede social” passou a fazer parte do cotidiano de muitas, mas muitas pessoas. Afinal, o Orkut chegou a ter mais de 80 milhões de usuários somente no Brasil – país em que o serviço se tornou mais popular em comparação com o restante do mundo. Além disso, foi nessa época que essas pessoas começaram a criar o hábito de, assim que conectassem seus computadores à internet, ter a rede social como primeiro site aberto, antes mesmo de verificar e-mails e notícias. Eu fazia parte desse grupo, e aposto que você também!

Só que o Facebook pediu para entrar, botou o pé na mesa e abriu a geladeira

Ainda que o Facebook somente tenha destronado o saudoso Orkut mais para o final daquela década, foi no mesmo ano de 2004 que Mark Zuckerberg lançou uma proto-rede social para os estudantes de Harvard. A plataforma reunia os alunos, que podiam publicar informações de seu perfil e fazer conexões com amigos do campus, ou amigos em potencial, usando a internet para, quem sabe, combinar aquela festinha bacana pós-aulas.

 

Na época, a rede social se chamava “TheFacebook.com”, e rapidamente a novidade se espalhou em outros campi. A coisa chegou até mesmo a estudantes da “high school” americana (equivalente ao ensino médio no Brasil). O ano já era 2006, e foi em setembro que Zuck decidiu abrir sua plataforma para que qualquer pessoa pudesse se registrar ali. Foi o início do Facebook como o conhecemos.

Como era o estilão do TheFacebook (Captura de tela: Mashable)

Nessa época, nasceu o Feed de Notícias, que se tornou a principal característica desta rede social. Enquanto o Orkut ficou famoso pelas comunidades, pelos scraps e depoimentos, o Facebook trazia a novidade de se poder escrever qualquer coisa que o usuário tivesse vontade que todos os seus amigos iriam ver.

Logo depois, a empresa foi crescendo e tendo verba para contratar desenvolvedores para aprimorar ainda mais a plataforma. Então, surgiu a possibilidade de publicar fotos e vídeos no Feed, curtir as publicações dos colegas, enviar mensagens privadas e criar eventos. Mas, naquela época, tudo isso não era exibido de acordo com decisões algorítmicas.

No final da década de 2000, o Facebook já havia atraído grande parte dos usuários do Orkut e seu nome acabou se tornando sinônimo de “rede social”. Atualmente, a plataforma já tem mais de 2 bilhões de usuários, alcançando nada menos do que um terço da população mundial.

Mas o Twitter também estava na jogada, com uma proposta diferente

Em 2006, a popularidade das mensagens SMS inspiraram a criação de uma rede social diferente: nela, somente postagens curtas eram permitidas, para uma comunicação rápida. Para isso, foi estabelecido um limite de 140 caracteres por publicação, e, para ter acesso a elas, bastaria seguir e ser seguido (conceito diferente do pedido de amizade no Orkut e no Facebook).

Enquanto as outras duas grandes redes sociais da época focavam na conexão entre as pessoas, adicionando-as como amigos, o Twitter apresentou o conceito de “não quero ser seu amigo, só quero acompanhar o que você escreve”. E, caso o perfil fosse público, até mesmo não-usuários poderiam ler suas timelines, sem deixar rastros de que estavam acompanhando aquele conteúdo.

Se você pegou essa época do Twitter, você está ficando velho (Captura de tela: tamurajones)

Graças a esses recursos, o Twitter rapidamente se tornou a plataforma preferida de quem desejava reportar acontecimentos em tempo real, ou apenas falar bobeira e “xingar muito no Twitter”, contando com a velocidade da propagação da informação. A rede de microblogging ficou conhecida como uma das principais fontes para se descobrir o que está acontecendo durante eventos, tragédias e, do lado negativo da coisa, se tornou palco para que chatbots e usuários pagos disseminassem informações políticas com o intuito de manipular a população, especialmente durante eleições.

Recentemente, em tentativa de continuar batendo de frente com o Facebook, o Twitter aumentou o limite de caracteres para 280, permitindo, ainda, a criação de threads com o mesmo assunto. Dessa maneira, quem deseja abordar um assunto mais longo pode optar por esses recursos em vez de escolher a rede social concorrente para tal.

Outras plataformas sociais no menu

A partir daí outras plataformas sociais foram chegando ao cardápio da internet a todo instante. Muitas delas se mostraram falidas, é verdade (oi, Google Plus), mas tantas outras conseguiram seduzir os usuários ávidos por novidades. É o caso do Tumblr, que nasceu em 2007 com a proposta de ser uma plataforma de blogs com uma pegada estética mais forte.

Um dos inúmeros temas disponíveis para instalar no Tumblr, este focando no público da moda (Imagem: Reprodução)

Estética essa, diga-se de passagem, que se aplica tanto aos layouts personalizáveis quanto para o conteúdo em si. O foco do Tumblr, apesar de ter bastante gente publicando textos por ali, é na divulgação de imagens, incluindo fotos temáticas, GIFs e vídeos. Todo tipo de blog temático acabou pipocando no serviço (com destaque para as polêmicas nudes), que acabou abrigando usuários que teriam se dado muito bem no LiveJournal anos antes. Isso porque pessoas à margem da sociedade, como LGBTs e neuroatípicos, por exemplo, encontraram no Tumblr um espaço relativamente seguro onde não somente compartilhar suas angústias, como também interagir com pessoas que passam pelos mesmos problemas.

Com isso, surgiu um lado negativo: o Tumblr acabou se tornando uma vitrine para blogs que romantizam questões como suicídio, transtornos alimentares e automutilação, atingindo, de maneira preocupante, uma grande quantidade de adolescentes. Por conta disso, anos depois a plataforma decidiu criar uma central de ajuda a quem publica e também pesquisa por palavras-chaves problemáticas. Os conteúdos não são censurados, mas uma mensagem de alerta surge na tela do usuário oferecendo um canal de contato para que ele peça ajuda quando estiver no fundo do poço.

Ao postar ou pesquisar por termos preocupantes, o usuário se depara com uma mensagem de ajuda (Imagem: Tumblr)

Em 2013 o Tumblr foi adquirido pelo Yahoo e, em 2016, a plataforma já registrava mais de 138 bilhões de publicações. E, na onda do Tumblr, surgiu o Pinterest, que organiza as publicações por meio de quadros, no lugar de um feed corrido nos moldes do rival. É possível unir publicações em quadros temáticos, e, por isso, o serviço se diferenciou do Tumblr, atraindo usuários com perfis diferenciados.

Boards do Pinterest permitem organizar imagens de acordo com temas (Imagem: Pinterest)

Citando rapidamente outros serviços sociais que fizeram sucesso nos anos mais recentes, vimos o Foursquare crescer e praticamente desaparecer. Ali, os usuários faziam check-in em lugares por onde passaram, podendo deixar recomendações ou críticas negativas para que outros usuários avaliassem se valeria a pena frequentar o local, conhecendo, também, pessoas com gostos parecidos com os seus. Mas o stalk era grande, e rapidamente o serviço perdeu popularidade (e boa parte da culpa disso é do Facebook, que decidiu lançar sua própria ferramenta de check-in após o sucesso do Foursquare).

E não podemos deixar de falar no YouTube enquanto rede social. A plataforma de vídeos surgiu em 2005 permitindo publicar e assistir a vídeos à vontade, e foi se tornando uma plataforma social à medida em que implementou recursos como a possibilidade de avaliar os vídeos alheios, comentar e seguir canais. Em 2016, o serviço já acumulava mais de 1 bilhão de usuários e, no ano passado, a plataforma adquirida pela Google atingiu a marca de 1,5 bilhão de usuários ativos mensalmente em todo o mundo.

A influência do YouTube é inegável a ponto de ele ser, até hoje, a principal plataforma de vídeos da internet. Presente em diversos dispositivos (incluindo computadores, smartphones, tablets, smart TVs e set-top-boxes), o serviço tornou possível a qualquer pessoa conectada à internet consumir conteúdos em vídeo e também publicar seus próprios. Nasceu, aí, a cultura do vlogger e, hoje, algumas das personalidades mais influentes do mundo (incluindo o Brasil) são exatamente youtubers, batendo de frente com a popularidade de artistas da televisão.

Em 2017, das 10 personalidades mais influentes no Brasil, 5 são YouTubers (Imagem: Reprodução/Google)

Fotos e vídeos dominando a internet

Com o novo filão aberto pelo YouTube, surgiram outras redes sociais focadas em vídeos para atrair os usuários. Uma delas foi o Vine, que nasceu em 2012 e foi, no mesmo ano, comprado pelo Twitter. A ideia era que os usuários da rede social pudessem gravar e editar clipes de vídeo em sequências de seis segundos, compartilhando-os com seus seguidores. A plataforma foi aclamada pelo público criativo, que, ali, publicava vídeos com técnicas de stop motion, por exemplo, e animações artísticas, além de vídeos pessoais.

O sucesso de serviços como o Vine abriu as portas para a chegada do Snapchat, que é uma rede social focada em vídeos de curta duração, mas que ficam disponíveis por apenas 24 horas. Dessa maneira, a ideia é que os usuários fiquem sempre ligadinhos ao feed, não arriscando perder nenhum conteúdo. O app, hoje, é extremamente popular entre os mais jovens, e recursos inéditos lançados por ele foram copiados por outros serviços, como o Instagram, seu principal rival na atualidade.

Filtros e lentes do Snapchat, que tornam a rede social mais divertida (Imagem: Snapchat)

E como não falar sobre o Instagram em uma análise sobre as redes sociais, não é mesmo? A plataforma de compartilhamento de fotos e vídeos surgiu em 2010 e rapidamente se tornou símbolo de status para quem a utilizava. É que, inicialmente, o serviço funcionava apenas no iOS, atingindo dez milhões de usuários em setembro de 2011. No ano seguinte, o app chegou ao Android, e somente um dia após sua liberação para o SO móvel da Google, o Instagram já havia sido baixado cerca de um milhão de vezes na Google Play, sendo comprado pelo Facebook no mesmo ano por quase US$ 1 bilhão.

Depois que Mark Zuckerberg tentou comprar o Snapchat, sem sucesso, ele decidiu, então, copiar os principais recursos do rival, trazendo-os ao “Insta”. Então, surgiram os Stories – mesmíssimos vídeos e fotos que aparecem em um feed à parte por somente 24 horas. Ainda não satisfeito, Mark levou os Stories para outros serviços que opera: Facebook, Messenger e WhatsApp. Então, a cultura de vídeos online foi levada a um outro patamar, englobando praticamente todo tipo de usuário: desde o “comum”, que curte fazer pequenos vídeos de seu cotidiano para divertir seus amigos, passando pelo produtor de conteúdo que aproveita a tecnologia para disseminar informação, chegando aos vloggers e influenciadores digitais, e também atingindo a publicidade, que ganhou um novo meio de anunciar suas marcas, produtos e serviços.

Empresas usando o Stories para divulgar uma promoção (Captura de tela: animaker)

Atualmente, o Instagram já tem mais de 800 milhões de usuários ativos por mês, e 500 milhões diariamente. Ainda, a plataforma conta com 25 milhões de perfis corporativos ativos, mais de 1 milhão de anunciantes, e seus Stories, hoje, alcançam 200 milhões de usuários diariamente, enquanto os últimos números do Snapchat mostram um alcance diário de 161 milhões de usuários.

O impacto de tudo isso nas nossas vidas online e offline

Com tantas opções de serviços sociais para os mais diversos propósitos, e considerando o gigantesco alcance que as plataformas dominantes do mercado apresentam hoje em dia, pode-se considerar ingenuidade o pensamento de que as redes sociais existem somente no mundo virtual. Sim, elas funcionam no ambiente da internet, mas impactam profundamente as nossas “vidas reais”. Inclusive, vivemos um momento da história em que os conceitos de “vida virtual” e “vida real” se mesclam quase que por completo – exceto para quem prefere se manter longe dessa nova sociedade conectada.

Sim, é verdade que os jornais e revistas impressas, bem como o rádio e a televisão, continuam relevantes no que diz respeito à informação, especialmente ao considerar as grandes massas. Contudo, essas mídias não detêm mais o poder de decidir o que informar e o que deixar de lado: as redes sociais, com usuários engajados, fazem esse papel mais democrático e universal. Não é à toa que, muitas vezes, vemos notícias que saíram primeiro no Twitter sendo replicadas nos jornais nacionais, inclusive usando tais tweets como fontes para suas reportagens.

Ainda tem dúvidas quanto ao poder das redes sociais fora do escopo da internet? Um exemplo recente foi o caso da mudança no design do Snapchat, em que bastou um tweet da digital influencer Kylie Jenner dizendo que detestou a mudança para que as ações da Snap caíssem consideravelmente na bolsa de valores norte-americana. Gostemos ou não, as redes sociais e seus influenciadores já têm esse tipo de poder.

Com tanta influência, há quem acredite que as pessoas estão ficando mais “burras” ou “preguiçosas” com o advento das redes sociais. Isso porque, em uma época não muito distante, precisávamos nos esforçar muito mais para obter uma informação, consultando livros, enciclopédias e perguntando por aí. Depois da popularização da internet, basta “dar um Google” para, em poucos segundos, descobrir o que se precisa. E, apesar dessa facilidade sem precedentes na história da humanidade, uma das consequências é justamente a falta de interesse em realmente aprender sobre assuntos por aí, já que basta dar aquela pesquisadinha rápida.

Com o poder das redes sociais, até mesmo o “dar um Google” já está sendo deixado de lado em muitas ocasiões: quem nunca viu alguém no Facebook perguntando algo como, por exemplo, “gente, como eu cozinho feijão?”, sendo que ela poderia recorrer ao buscador para aprender tim-tim por tim-tim por conta própria?

Ainda, as redes sociais atuais têm causado o fenômeno chamado de “câmaras de eco”, em que, em vez de as pessoas ficarem mais abertas a novas ideias disseminadas nas plataformas, elas acabam ficando cada vez mais intolerantes, admitindo apenas aquelas ideias que são condizentes com as suas. Essa percepção vem sendo abordada em diversos estudos, confirmando que os usuários, em especial no Facebook, tendem a se agregar em comunidades de seu interesse, causando segregação e polarização. Sabe a antiga ideia de que a Terra é plana? Mesmo o conceito tendo sido exaustivamente derrubado ao longo de séculos, é justamente nas tais câmaras de eco que a coisa tomou nova força em pleno século XXI.

Ilustração retrata o fenômeno das câmaras de eco na internet (Imagem: Medium/hishamfakhreddin)

Mas há uma luz no fim do túnel, com outros estudos mostrando que as pessoas vêm, ainda que lentamente, enxergando o potencial destrutivo dessas bolhas virtuais, e estão mais dispostas a saírem dali. Além disso, outros estudos recentes têm enaltecido o poder do Twitter para veicular informações condizentes com interesses de grupos marginalizados pela sociedade. De maneira independente, essas pessoas usam a plataforma para soltar ideias, atrair militantes às suas causas e fazer denúncias, de um jeito que as agências de notícias e veículos de imprensa ainda não o fazem com a mesma eficácia.

Palavra de especialista

Conversamos, então, com a escritora Maria Augusta Ribeiro, especialista em comportamento digital e netnografia, que gerencia o Belicosa, site especializado no assunto. Encarando o universo digital como uma ferramenta de transformação, ela crê que as redes sociais são poderosas na transformação de comportamentos que transitam entre o “real” e o digital.

“A velocidade nas comunicações realizadas pela internet nos obrigou de alguma forma a nos relacionarmos pelas redes sociais, dada a sensação de falta de tempo gerada”, opina. Ela observa que, hoje, “enviamos mensagens de voz pelo WhatsApp como se fossem ligações telefônicas; desejamos ‘feliz aniversário’ aos colegas pelo Facebook como se fosse um abraço, e acreditamos que somos amados porque mais pessoas curtem nossas selfies no Instagram”. E tudo isso começou a se firmar nos anos 2000, pois, antes disso, não tínhamos tanto acesso à tecnologia e, portanto, acabávamos interagindo mais pessoalmente do que digitalmente.

Quanto à qualidade das relações interpessoais, Maria Augusta enxerga uma piora. “Não por causa da rede social, mas pelo amplo uso da tecnologia”. Explicando: “o consumo de qualquer coisa através da internet nos dá uma sensação de atenção atendida, e não é porque você tem uma geladeira na sua casa que você vá comer tudo o que tem ali de uma só vez; porém, com a internet, é isso o que queremos fazer”.

Já com relação à sensação de que a sociedade está piorando por causa das redes sociais, a especialista entende que “o acesso à informação pode gerar uma sensação de que a sociedade, como um todo, está pior”. Isso porque “nunca vimos tantos casos de pedofilia, imagens bizarras e gente sem noção publicando coisas que não deveriam estar na internet”. Contudo, ela acredita que “o que fazemos com esse acesso à informação é o que nos transforma”.

Isso envolve se informar quanto às políticas públicas e, usando as redes sociais, exigir serviços melhores, como educação de qualidade, segurança e saúde. Se, por um lado, as redes sociais explicitam o pior do ser humano, elas também podem servir como meio para mobilizações com objetivos nobres. “Então, não podemos culpar o formato da sociedade que temos hoje por causa das redes sociais”.

Charge critica o vício na internet (Imagem: Reprodução/orlaghclaire.com)

Maria Augusta ainda acredita que o fato de mais gente ter ferramentas que possam gerar conhecimento, se comunicar e consumir, é algo fascinante. Ainda assim, o anonimato proporcionado pela internet traz outros problemas, incluindo a disseminação de discursos de ódio e comportamentos nocivos. Mais uma vez, vale diferenciar o que é consequência da tecnologia e o que apenas reflete a índole do ser humano.

Já quando conversamos sobre as recentes mudanças nos algoritmos do Facebook, desde que Zuck decidiu priorizar publicações de amigos e parentes em detrimento das páginas (o que inclui marcas e veículos de comunicação), a especialista enxerga a mudança com bons olhos. “Acredito que o fato de o Facebook tentar proporcionar ambientes mais amigáveis para quem ali navega pode ser bom, sim”, opina; e, quanto à queda no alcance de páginas não-anunciantes, Maria Augusta entende que “o recado da plataforma é bem claro: somente o digital não vai salvar sua empresa, e, sim, você precisa pagar para veicular seu conteúdo por aqui”.

Encerrando o bate-papo, conversamos um pouco sobre a “câmara de eco” do Facebook, focando nos comportamentos negativos ali difundidos. Ela expressou mais preocupação com o nosso comportamento ao navegar pela internet do que pelas informações disponíveis, fake ou não. “Hoje, estamos julgando as redes sociais, os games e a conexão como culpados por um erro que é somente nosso. Então se seu filho joga 10 horas de games consecutivas e não consegue aprender na escola porque está cansado demais, a culpa seria do Xbox?”, questiona, seguindo com a pergunta: “Você abre a porta de sua casa para um estranho entrar? Não, né? Então por que aceita qualquer nova amizade no Facebook?” Vale a Reflexão.

 
Canal Tech
 
 







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Conteúdo especializado produzido por
Maria Augusta Ribeiro

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