Incentivo a pratica de tiro em stands acende o debate, Meninas devem ou não aprender a atirar?
Por: Maria Augusta Ribeiro
Recentemente uma americana de 9 anos matou acidentalmente seu instrutor de tiro, com uma UZI e reacendeu a discussão sobre armas de fogo e crianças.
Como cerca de 31% dos lares americanos tem uma criança e uma arma de fogo, o habito de ensinar os pequenos a manusear armamento a partir dos 6 anos parece correto.
Para muitos a posse responsável de uma arma de fogo, como rifles, pistolas e revolveres estimula noções de disciplina, concentração e respeito.
Do outro, a tese de que crianças não tem noção dos perigos que envolvem o universo das armas, podendo causar acidentes, parece mais lógico.
E nao se fala aqui de crianças portando pistolas livremente pelas ruas ou menores que as utilizem para assaltar e matar.
O debate é muito mais profundo e envolve valores sociais. Afinal devemos ou nao preparar nossos filhos para a vida adulta?
Imagine a possibilidade de educar uma menina de 9 anos a manusear uma arma de fogo? Agora multiplique este habito por 2, já que na vida adulta incentivara marido, filhos , netos e assim por diante.
Sem falar na possibilidade de incentivos governamentais destinados a infra-estrutura de stands de tiros, campanhas educativas e produtos destinados a crianças de 6 anos como o “Meu primeiro Rifle”, vendido atualmente no mercado estrangeiro.
Limita-se tanto as empresas de brinquedos a produzir armas, ainda que coloridas e de agua. Videogames são censurados por conteúdo violento e esportes como o arco e flecha são supervisionados ao máximo.
Pais são levados ao estrelato em redes sociais quando tiram porte de arma e exibem orgulhosos suas pistolas como sinal de grandeza. Induzindo menores a cultura da arma de fogo sem grandes debates de valores morais
Onde estão os grupos de Age of Empire, os stands de paintball e os escoteiros? Crianças pode aprender a se defender, ter disciplina e respeito utilizando o seu elemento mais poderoso, a infância, não armas de fogo.
Porque as pessoas tem medo de se desconectar