A internet mudou a forma de como, quando e onde consumimos. Hoje compartilhar nossa experiência de consumo, engajando um mercado que se prepara para um futuro próximo onde o negocio é consumir através de dados.

O que tem em comum a Unilever, Starbucks, Amazon e Netflix? A primeira vista, nada. A Unilever e Starbucks tem políticas enraizadas no sec. XIX e a Amazon e Netflix são impensáveis sem a internet.

E se te dissesse que essas gigantes tem tudo em comum? Todas estão atendendo às exigências de seus consumidores melhor que seus concorrentes. Isso porque utilizam a netnografia como ferramenta de visão estratégica ontem, hoje e amanhã.

A netnografia é a técnica de pesquisa qualitativa e interpretativa que estuda o fenômeno de sociabilização das pessoas na internet. Ela ajuda o mercado a ter uma compreensão sobre o que determina uma compra ou não, observando o comportamento do cliente digitalizado.

Estas empresas estão pensado como eu e você vamos consumir produtos e serviços no importa se isso acontecerá amanha ou daqui a 50 anos. Mas, como isso é possível? Estão escutando tudo o que a gente diz em ambiente virtual através de nossos dados.

Desenvolver uma melhor compressão do que o cliente deseja é necessidade e não uma inovação. Para isso empresas das pequenas as gigantes realizam pesquisas contínuas quantitativas e qualitativas para prever o futuro das compras.

Embora exista uma variedade enorme de recursos de análise de marketing, a netnografia acumula, além da ferramenta de mineração de dados o expertise real de profissionais que conseguem nos ler e entender que, para consumir, podemos não ser o público alvo.

Não é porque você compra fralda para seu filho ou ração para o seu cão que você é o publico alvo, mas certamente estará inserido dentro de um contexto que, para estimular a compra, as empresas precisam da sua atenção.

Diferentes comunidades representam diferentes tribos de consumidores, mas que compartilham paixões em comum. E isso tem mais a ver com a revelação de necessidades de consumo não descobertas do que com público alvo.

Empresas que utilizam a netnografia como estratégia estão conseguindo suprir a necessidade fundamental do consumidor através do comportamento e gerar novas e melhores experiências de consumo.

E na busca pelo cliente fidelizado vale tudo. Tem empresa atuante somente no digital, tem marca que continua no real e tem aquelas que geram experiências mistas combinando tecnologia em ambiente real.

Um do principais benefícios da netnografia é justamente saber onde surfar e que expectativa criar. Assim a capacidade que o método e seus pesquisadores têm em acessar e minerar informações imparciais de usuários engajados se tem dados valiosos sobre como resolver o problema do seu cliente e estimular outros mercados.

Se pudesse incentivar o mercado, recomendaria às empresas, marcas e profissionais liberais que contratassem netnografistas para entender seus mercados. E, antes que me diga que tem um monte de ferramentas digitais fazendo essa coleta de dados, é bom lembrar que um profissional especializado em netnografia vai além de uma pesquisa qualitativa; ele vai ajudar a interpretar seus dados, evoluindo com a experiência que ele carrega.

De acordo com dados da ONU, em 2050 precisaremos de 60% mais comida, 50% mais energia e 40% mais água para abastecer o mundo. Mas, que tipo de comida, como essa energia será produzida, ou onde colocaremos água, é uma tarefa para os especialistas que pesquisam o mercado de forma contínua.

Não há dúvida de que a internet mudou a forma de fazermos compras. E é necessário que o mercado esteja estudando o presente para determinar o futuro das compras, ouvindo seus clientes através de ambientes que consigam combinar humanos e maquinas no mesmo espaço.

Por: Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia, escreve para o Belicosa.com.br.

 







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