Olhar para as redes sociais nunca foi tao importante para entender o consumidor. E estudos de mercado visando estratégias de marketing começam a valorizar a netnografia e o big data como diferencial para entender o consumidor digital.
Esse consumidor mais empodeirado, informado e atento esta interferindo nas estratégias desenvolvidas por macas e serviços uma vez que já não aceitam o que não faz sentido. E as empresas por sua vez acabam tendo que rebolar e personalizar cada vez mais seus produtos para serem aceitos.
Então como entender esse consumidor? A mistura de ciência social, marketing e big data é o que faz da netnografia um método de analise dos hábitos do consumidor conectado e que por fim acaba por compreender o que deseja.
Saem na frente empresas, produtos ou serviços que entendem que juntar dados quantitativos, oferecido pelas métricas e dados qualitativos vindo de know how e pesquisa tem a oportunidade de identificar os desejos do consumidor e antecipar tendências. E a regra é clara, quem compreende o que o consumidor deseja fatura mais.
Apesar do método ser de vanguarda, sua utilização ainda é nova e causa dúvida nos contratantes, já que entendem que o método pode ser apenas coleta de dados ou métricas.
Os netnografos entendem profundamente o comportamento humano e observam atentamente como as pessoas se relacionam e convivem no digital, para captar informações úteis ao contratante e transcrevê-las para que seja possível a tomada de decisão estratégica.
Experiência de consumo, cultura, valores tudo é aliado para que o cliente seja entendido como influenciador, e o método acaba sendo mais sobre qualidade do que quantidade. O que acaba por agregar técnicas de big data, geomarketing e monitoramento para que o estudo seja completo.
A amplificação do digital fez com que o consumidor fosse cada vez mais observado e estudado para que seus rastros digitais, hábitos e artefactos culturais sejam utilizados na construção de melhores produtos e serviços.
Em tempos de escândalos como a venda de dados do Facebook, vale lembrar que a netnografia não hackeia o consumidor, identificando quem é a pessoa com esse ou aquele habito, e sim quem é a persona.
O estudo permite insights sinceros sem que a empresa precise se confrontar diretamente com o consumidor, são mais rápidas e menos intrusivas. Mas sem expertise não tem valor para o mercado. Como outras metodologias, a netnografia é ferramenta para mudanças e precisa de um operacional com foco em pessoas.
Uma análise netnográfica observa o comportamento do público e a perceção que ele tem sobre uma pessoa, um produto, um serviço ou uma empresa. Através de publicações em redes sociais, blogs, sites e comunidades virtuais, é possível identificar o perfil de comunidades que se interessam pelo seu negócio.
Como qualquer método de estudo, a netnografia não vai resolver todos os problemas de uma marca que não tenha, na gestão de sua empresa, o foco para traçar estratégias mercadológicas de impacto. É como se culpasse o seu nutricionista porque você não emagreceu, mesmo sabendo que não fez a dieta adequada ou praticou exercícios.
A netnografia é uma arma poderosa para saber com quem sua marca está falando e quem está falando com ela. E a inclusão desses insights dentro do marketing estratégico e a curadoria do que agrada ou não seu cliente esta ligado a métodos netnograficos.
Por: Maria Augusta Ribeiro. Profissional da informação, especialista em Netnografia e Comportamento Digital – Belicosa.com.br
Porque as pessoas tem medo de se desconectar