Por: Maria Augusta Ribeiro.

Recém-chegados à vida adulta, uma geração de jovens super preparados para encarar o mercado de trabalho se depara com a realidade da falta de preparo emocional. E uma legião de pessoas que acredita que merece um iphone de último modelo tem a árdua lição de aprender que a vida não é bem assim.

Revisitando a coluna da Eliane Brum que fala sobre o despreparo dessa geração que não sabe o que é uma fita cassete e tão pouco brincou na rua, me provocou uma reflexão sobre os impactos deles no universo digital.

Texto de Eliana Brum

Preparada tecnologicamente e despreparada, porque lhe faltaram frustrações, esta moçada despreza o esforço, a insistência e o foco. Acreditam que merecem as coisas e que não precisam lutar para conquistá-las.

A gata não deu atenção ao cobiçado do escritório? Ele simplesmente manda um whatsapp para outra, e assim por diante, até conseguir a atenção para se sentir alguma coisa.

Hoje, frustrar um filho significa fracasso. E não ensiná-lo a entender que a vida não é fácil, e que as coisas podem não sair como você deseja é o caminho para muitas famílias.

Resultado: Hoje temos jovens com habilidades incríveis que não sabem como utilizá-las. E estão ficando solitários, ansiosos e com a única sensação de emoção que lhes é fácil, as redes sociais.

É sabido que as redes sociais, em sua maioria, são robôs que foram criados inicialmente para ser acompanhantes de idosos. Por exemplo, se gosta de cavalos, sempre irá mostrar cavalos e não gatos, cães e peixes no seu Facebook ou instagram.

E aí a sensação de que temos jovens super conectados em busca da sensação de compreensão para dividir suas angústias, medos e dúvidas se torna clara. Afinal, em casa todo mundo está passando um e-mail, interagindo pelo whats, ou conectado a uma fase incrível de Candy Crush.

A conversa de pais para filhos não pode ser substituída pela melhor escola, as viagens ao redor do mundo ou pelo iphone de último modelo. Educar para a vida e para estar integrados ao ambiente digital tem mais a ver com olhos nos olhos do que com estar conectado.







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