A vida moderna nos trouxe novos desafios. E a tecnologia nos trouxe como resultados de seus avanços uma triste realidade. Estamos produzindo cidadãos com dependência em tecnologia e principalmente uma geração de dependente em telas.
A digitalização que caracteriza a sociedade atual esta afetando o estilo de vida adotado pelas novas gerações. Do nascimento a morte somos inundados por uma infinidade de dispositivos eletrônicos que não estão sendo tratados como ferramentas e sim como comandantes de nossas decisões. #telas
Se pensarmos do ponto de vista clínico, a Dependência Tecnológica é quando o indivíduo não consegue controlar o próprio uso das telas, ocasionando sofrimento e prejuízo significativo em diversas áreas da vida.
Mas não é o que todos nos estamos fazendo? Hoje os smartphones, pc, tables, e TVs passaram de suas funções iniciais de comunicação para um mix de ferramentas que estão saqueando mais a atenção do que servindo para melhorar nossas rotinas.
Diante desse cenário como saber se sou dependente em telas? De cara é bom lembrar que a dependência em tecnologia é uma patologia e somente um medico e ou psicólogo pode diagnosticar.
Mas com tantos dispositivos a nossa volta, podemos identificar algumas coisas.
Como quando seu companheiro não dorme, não como ou deixa de tomar banho porque suas atenções são para a internet e perde o controle da vida porque fica HORASSS em jogos online.
Quando seu filho fica ansioso ou irritado porque o uso da internet é restringido. E aumentados quando os esforços repetidos por ter uma vida fora do digital é malsucedida.
E quantas vezes tem colegas de trabalho com medo de ficar fora do mundo tecnológico e a uma preocupação excessiva se tem sinal, se o 5g funciona e se o e-mail já chegou?
Quando nossos avos acham que andam passando mais tempo online do que deveriam. Sim são as pessoas com mais de 70 anos alguns dos maiores campões em e-sports do mundo.
Em momentos que alguns de nos menti sobre a quantidade de horas conectados e tem necessidade de aumentar o tempo de uso para sentir a mesma satisfação que antes, mas esconde porque não quer ser taxado de “viciado em tecnologia”.
Quando crianças com amigos virtuais são levados a redes sociais inúteis para fugir de relações empobrecidas, conflitos familiares e isolamento social.
A total falta de interesse de alguns amigos por uma vida real com emoções que podemos sentir não somente almejar.
Com lideres com faces distorcidas por tratamentos estéticos e selfies infinitas em busca de aceitação na rede social para um marketing de proposito, sem mesmo ter um.
E fenômenos da tecnologia criando metaverso (terminologia utilizada para indicar um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais) para gerações, mas colocando seus próprios filhos em escolas com zero acesso a tecnologia, porque sabe dos malefícios das telas.
As pessoas estão perdendo o controle de suas rotinas e usando o tempo de tela para fugir dos problemas. Sim, estamos todos nós ficando dependente de telas e nossas relações sociais, afeto e opiniões estão em risco.
Ok! E o que fazemos com tremenda informação? A primeira delas é colocar regra na vida. As máximas ter hora para acordar, comer, dormir é a premissa de uma vida com menos telas e mais decisões.
Ah sim, já vou avisando Isso da trabalho, porque ser melhor vai exigir que você seja exemplo para os seus filhos, que lideres sejam motivadores de suas equipes e que famílias comecem a exercitar a melhor ferramenta de comunicação de todos os tempos: A conversa cara a cara. Vamos praticar?
Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e netnografia. Belicosa.com.br
O que as telas estão fazendo com o nosso sono
Maria Augusta Ribeiro: – Estamos perdendo a habilidade de nos tocar com o digital
Porque as pessoas tem medo de se desconectar